terça-feira, 13 de abril de 2010

SintraConSP participa de passeata em favor das 40h semanais

Em conjunto com os sindicatos filiados a Força Sindical, os trabalhadores da Construção Civil realizam passeata para redução da jornada de trabalho, de 44h semanais para 40h semanais, sem redução de salários.

Contando com o apoio e a organização da Polícia Militar e da Companhia de Engenharia e Tráfego - CET, a passeata saiu da Praça Charles Miller, no Pacaembu, e finalizou na Estação Trianon, na Paulista, diante do prédio da FIESP.

Ao entrar na Rua Dr. Arnaldo, em um gesto de respeito e solidariedade, os manifestantes que bradavam "40 horas já ou paramos o Brasil!", fizeram silêncio para não interferir com o barulho nos hospitais da região.

O presidente do SintraConSP e vice presidente da Força Sindical, Antonio de Sousa Ramalho, agradece e reconhece que este projeto só foi possível porque o Deputado Federal Paulinho (Paulo Pereira da Silva) teve a coragem de ir adiante, defendendo com seus ideiais o trabalhador. Acredita também que as 40h só virá se acontecer uma greve geral e parar não somente São Paulo, mas o Brasil também. "Com a redução da jornada, o trabalhador terá mais tempo para passar com a família, conversar mais com seus familiares, participar mais intensivamente da educação dos filhos, afastando eles do caminho dos entorpecentes. Reduzir a jornada, acima de tudo, é dar uma oportunidade maior à cidadania", finalizou o líder dos trabalhadores na Construção Civil.


O presidente da Força Sindical, o Deputado Federal Paulo Pereira da Silva, encerra a manifestação contando um breve histórico das lutas para redução da jornada de trabalho, que iniciou no governo de Getúlio Vargas, passando pela assembléia constituinte e agora entra em questão novamente. Paulinho mostra que dos 513 deputados, apenas 53 são líderes sindicais e 301 são ruralistas e empresários, sendo esta fração mais representativa contra o trabalhador. O líder sindical também ironiza o presidente do SESI, Paulo Skaf, que deverá ter seu nome como candidato ao Governo de São Paulo: "Ele (Paulo Skaf) quer ser governador, mas não tem coragem de receber o trabalhador que sustenta o Brasil". O Deputado ainda promete divulgar os nomes de todos os parlamentares que votarem contra a redução da jornada, já que estamos em ano eleitoral e o trabalhador precisa responder a altura, não reelegendo tais parlamentares.

Para completar o manifesto, trabalhadores aptos a negociar ficarão acampados na frente da sede da FIESP até que a mesma os receba.



Também estiveram presentes, entre outros, Cláudio Prado, Vereador de São Paulo (PDT); Cláudio Crê, presidente da Federação dos Metalúrgicos;Francisco Sales, vice-presidente da Federação dos Metalúrgicos; Jorge Nazareno, presidente dos metalúrgicos de Osasco; José Pereira, presidente dos Metalúrgicos de Guarulhos; Paulo Ferrari, presidente do Sindifícios; Luiz Carlos Anastácio , Paçoca), presidente do Sind. Dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação de Barretos; Vanderlei Roberto dos Santos, secretário-geral do Sindicato dos Frentistas; Maria Auxiliadora dos Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Brinquedos; Eunice Cabral, presidente do Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco.


São Paulo, 13 de abril de 2010.

Nenhum comentário:

Postar um comentário