A convite direto do Centro de Altos Estudos de Segurança da Polícia Militar do Estado de São Paulo, feito pelo Comandante Luiz Eduardo Pesce de Arruda, Ramalho ministrou palestra para posterior debate aos alunos de doutorado em Ciências Policiais, os futuros comandantes, sobre o tema Polícia e Comunidade: Uma Visão Sindical.
A mesa mediada pela Tenente Coronel Ari Bezerra dos Santos, além de Antonio de Sousa Ramalho, também contou com a presença do presidente do Conselho Nacional das Guardas Municipais, Gilson Pereira dos Santos.
Ramalho inicia traçando um histórico das relações que a polícia tinha com os líderes sindicais, as quais de 1990 a 1994 não eram boas, por falta de prática em um movimento que estava se fortalecendo, o qual também fora bastante reprimido durante a ditadura. A partir de 1994, com o Plano Real, o salário deixou de ser indexado e com isso diminuiu bastante o número de manifestações.
Dentro deste traçado histórico, Ramalho vê hoje de forma muito otimista e benéfica a relação com a Polícia Militar e diz que hoje não faz um movimento ou manifestação sem antes comunicar a PM. "Hoje, havendo consenso, é possível fazer algo que beneficie ambas as partes; ceder de um lado e do outro, escolher lugares, debater antes. Hoje a população não tem mais medo da polícia.", complementa.
Ao ser indagado por um dos alunos de como ele vê a possibilidade de melhorar o relacionamento entre o movimento sindical e a polícia militar, Ramalho foi bastante enfático na questão atendimento: "Os comandantes chamarem as Centrais Sindicais para um debate. Esse é o caminho mais curto: entendimento e relação. As experiências do passado servem de base para estruturar o presente e preservar o futuro".
Ao final, Ramalho recebe o certificado de palestrante do curso de doutorado do CAES-PM, entregue pelo Coronel Rufino, do Corpo de Bombeiros e conterrâneo do palestrante no Estado da Paraíba.
São Paulo, 1 de junho de 2010.
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