Expectativa era de que houvesse recuo da Força Sindical no apoio às criticas ao tucano
Apesar de estar afastado da presidência da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira (PDT-SP) atuou ontem para cancelar uma reunião com dirigentes da ala tucana da central. A expectativa era de que, na reunião, houvesse um recuo em relação ao manifesto eleitoral com ataques ao presidenciável José Serra (PSDB).
O manifesto, que teve o apoio de cinco centrais sindicais, foi assinado pelo presidente interino da Força, Miguel Torres, e divulgado pelo PT na semana passada. O texto afirmava que o tucano "mente" quando diz que foi o criador do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Serra foi um dos parlamentares que apresentaram a proposta, em 1989, de regulamentação do seguro-desemprego - sua ideia de vincular o benefício a esse fundo acabou sendo aproveitada na versão final.
Um dos maiores críticos do manifesto, Antonio Ramalho (PSDB), vice-presidente licenciado da Força e candidato a deputado estadual, afirmou que Paulinho entrou pessoalmente no caso e que sua primeira providência foi o cancelamento da reunião. Segundo Ramalho, houve ameaças veladas de retaliação:
- Eu não vou sair da Força. Vamos brigar pelo direito de defender o caráter pluralista da central. Ninguém é dono da Força. Não somos igual à CUT, que exige ligação com o PT.
De acordo com o 1º vice-presidente da Força, Melquíades Araújo (PSDB), a reunião foi cancelada sem explicação.
Paulinho e Torres disseram que não poderiam dar entrevista sobre o assunto.
(NOTA DO JORNAL "O GLOBO", DE 21/07/2010, PÁG. 4)
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